[RESENHA] Os filhos do Éden: Anjos da Morte - Editora Verus - Eduardo Sporh
O Autor brasileiro Eduardo Sporh, chega ao seu terceiro livro, Filhos do Éden: Anjos da Morte com uma bagagem relevante, e seu trabalho nesse volume é o melhor até agora.
O livro anterior terminou sem uma conclusão definitiva e me deixou com muita vontade de ler esse 2º volume da saga Filhos do Éden.
Anjos da Morte se diferencia de longe dos 2 livros anteriores, distante da magnitude de A batalha do Apocalipse, e do tom aventureiro de Herdeiros de Atlântida o livro é mais maduro e sombrio, tanto em trama quanto na forma de escrever do Eduardo, os temas abordados são mais adultos e o clima de aventura, que prevalesse nos volumes antecessores, dá lugar aos dilemas que o Querubim enfrenta.
Falando da obra do Eduardo com um todo, são 3 livros totalmente distintos, cada um com uma identidade, A Batalha do Apocalipse, tem toda grandiosidade do "Fim do mundo", onde o autor cria as bases para seu universo, já Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida, parece mais livre, sem a pretensão de ser grandioso, é um livro mais divertido e com um tom de aventura mais jovial.
Mesmo não tendo o tom aventureiro de seu antecessor, a ação e a emoção não são esquecidas, nem a forma com que o autor descreve lugares e cenas, ponto que sempre foi muito forte em suas obras, somado ao conhecimento histórico e o seu trabalho de pesquisa louvável que, a cada cidade, lugar ou vilarejo que somos levados, projetam uma imersão grandiosa na história e nos fazem querer sempre mais um capítulo do querubim.
Denyel foi um dos destaques no livro anterior e aqui vemos o alado se transformar naquele que conhecemos em Herdeiros de Atlântida, entendemos como ele perdeu seu senso ético e ganhou sua "humanidade", porque a cada guerra que ele combate, a cada missão, ele vai parecendo cada vez menos com um soldado que apenas segue ordens, e se parecendo cada vez mais com os humanos. Dilemas são colocados a frente do querubim e por vezes ele erra, mesmo consciente de seus erros, tudo isso o faz questionar cada vez mais seus atos, amadurecer e se "rebelar", contra seu mestre.
O Autor tem uma paixão pelas histórias das guerras e despeja todo esse conhecimento nesse volume, mas não se engane, nada é apenas para deleito do autor, tudo está conectado, todas as batalhas enfrentadas pelo Querubim, seja na sua presença nos campos de batalha como Anjo da morte ou em suas missões a mando de Solóm, o primeiro dos Sete.
A História paralela contada em Anjos da Morte, inverte os papeis de Herdeiros de Atlântis, e somos levados a conhecer um pouco mais sobre Kaira como arconte, sua liderança, natureza e sua história.
O final da trama liga os dois arcos e abre um novo, deixando várias perguntas em aberto a serem respondidas em "Filhos do Éden: Paraíso Perdido".
Leia a nossa resenha de A Batalha do Apocalipse: Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo Aqui
Leia a nossa resenha de Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântis: Aqui Site oficial da Saga: http://www.filosofianerd.com.br/filhosdoeden/
Sobre o Autor:
Eduardo Spohr nasceu em junho de 1976, no Rio de Janeiro. Filho de um piloto de aviões e de uma comissária de bordo, teve a oportunidade de viajar pelo mundo conhecendo culturas e povos diferentes, o que estimulou a sua paixão pela literatura e o seu fascínio pelo estudo da história. Formou-se em comunicação social, mas começou por trabalhar em agências de publicidade antes de enveredar pelo jornalismo. Formou-se pela PUC-Rio em 2001 e especializou-se em conteúdos mediáticos digitais. Trabalhou como repórter no Cadê Notícias, StarMedia e iG, como analista de conteúdos do iBest e depois como editor do portal Click 21.
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