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As Maiores Histórias Marvel, A Saga Korvac 1978




A Saga de Korvac foi originalmente publicada em The Avengers #173-177 (1978), e marca um dos conflitos mais difíceis dos Vingadores, quando precisam lidar com um sujeito comum chamado Michael Korvac que é modificado pela raça alienígena Badoon, recebendo poderes de um deus. O poder de Korvac é tão imenso que os Vingadores precisam recrutar diversos membros reservas para auxiliá-los na luta, e são ajudados até mesmo pelos Guardiões da Galáxia (a equipe original dos quadrinhos) na batalha.

O roteiro é de Jim Shooter, Bill Mantlo e David Michelinie, na história alguns membros dos Vingadores desaparem misteriosamente, algo que faz com que Homem de Ferro (líder do grupo nesta época) convoque os heróis para uma missão espacial, depois de ser revelado que o Colecionador está por trás disso.

Em seguida, o vilão morre por um motivo estranhamente desconhecido, o que leva os heróis a uma investigação para tentar identificar o assassino e salvar o universo de uma ameaça em potencial. Logo, os Vingadores descobrem que o responsável pela morte do antagonista inicial foi um indivíduo aparentemente normal, porém poderoso o suficiente para governar o universo inteiro como uma deidade. 



Para resolver a árdua situação, os Heróis Mais Poderosos da Terra se unem à primeira formação dos Guardiões da Galáxia para impedir a ameaça de Michael e sua esposa Carina, a filha do Colecionador.



Por mais que não pareça trazer a mais original das tramas imagináveis, A Saga de Korvac demonstra inteligência ao conferir ambiguidade no que diz respeito à escala de sua narrativa e dos próprios desafios encarados pelos Vingadores na duradoura trajetória da equipe. Assim, ao mesmo tempo em que o vilão é dono de uma potência assustadoramente elevada e digna de uma figura divina, a apoteótica luta que trava contra os protagonistas se passa numa sala de estar em vez de num cenário espacial vasto e intimidador. 


Da mesma forma, este conceito também é aproveitado como uma forma eficiente de fazer humor, o que inclui momentos como um que Hércules e Viúva Negra surgem num avião comercial pousando.
 Mas nada se compara à emblemática sequência de quadros onde todos os heróis são obrigados a pegar um ônibus para se dirigir à localização do inimigo, num momento de ouro eternizado na História da superequipe.


Mas a história tem sim pontos fortes e consistentes, o roteiro sabe trabalhar muito bem a química entre os Vingadores, mostrando companheirismo que se torna ainda mais intrigante quando é posta à prova constantemente, como num momento onde Mercúrio exibe insatisfação farta no que diz respeito à relação entre Visão e Feiticeira Escarlate. Michael Korvac se revela um antagonista fantástico justamente por fugir do conceito de vilão convencional, pois é possível constatar que as ações do personagem, por mais brutais que possam ser, não são movidas prioritariamente por maldade - na verdade, é exatamente o contrário. 




É aqui que A Saga de Korvac se torna uma história de destaque para época, pois consegue argumentar sobre o a dualidade do bem e do mau, e questiona incessantemente os atos "benéficos" dos protagonistas nas páginas finais, demonstrando que mesmo os heróis são falhos o bastante para ocasionar injustiças mesmo que as intenções sejam bondosas.



A Arte é de Sal Buscema e David Wenzel, A Saga de Korvac serve como uma excelente curiosidade aos interessados nas trajetórias dos Vingadores e dos primeiros Guardiões da Galáxia







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