Logan - Crtítica
Logan se passa no ano de 2029, e é o décimo da série de filmes dos X-Men. Dirigido por James Mangold, o filme é estrelado por Hugh Jackman, Dafne Keen, Patrick Stewart, Richard E. Grant, Boyd Holbrook, e Stephen Merchant. O filme marca a ultima aparição de Jackman como Wolverine, e de Patrick Stewart como Professor Xavier.
Logan, é outro grande trunfo da Fox, que
acertou muito fazendo Deadpool como fez. Não há como não comparar com a produção
do tagarela. O estúdio acertou mais uma vez em deixar a equipe criativa livre
para fazer um filme a altura de seu personagem, Logan assim como Deadpool veio
para ser um divisor de água dentro do pseudo-gênero de super-heróis.
O que vemos na tela é algo mais comum para os fãs dos quadrinhos, ela funciona como uma Graphic Novel (uma One-Shot), aquelas histórias paralelas de um personagem que por vezes são tão boas que acabam influenciando o 'universo regular das publicações'.
O que vemos na tela é algo mais comum para os fãs dos quadrinhos, ela funciona como uma Graphic Novel (uma One-Shot), aquelas histórias paralelas de um personagem que por vezes são tão boas que acabam influenciando o 'universo regular das publicações'.
Aos fãs dos quadrinhos, se você vai ao cinema
esperando ver muita coisa de Oldman Logan (Velho Logan), quadrinho que foi
mencionado como inspiração para o filme, mude um pouco suas expectativas, pois
a relação entre as duas histórias é praticamente zero. O que temos é o fato de
Logan estar aposentado e deixado de lado a ferocidade que fazia dele o
Wolverine que conhecemos.
Apesar de simples Logan é bem construído e nada é fora do lugar, a trama flui na tela de um jeito que mau percebemos o tempo passar.
Como foi mostrado nos trailers, vemos um Logan
aposentado e que leva a vida como motorista de limousine e se dedica a cuidar do
amigo Charles Xavier, que se encontra muito debilitado, em
determinando momento ele se encontra com a X-23 e a partir daí tem início nossa
história. Em algumas entrevistas o ator falou sobre como
esse filme é introspectivo, e faz referências ao clássico Os Brutos Também Amam (A relação entre o adulto violento e a criança),
mas o filme também é sobre legado, amizade e rendenção. Nosso Wolverine está cansado, velho e
debilitado (apesar de ainda ter seu fator de cura, ele não funciona como antes), e tudo
isso é refletido na tela.
A história é bem construída, antes de mais nada, o filme não é sobre o Wolverine e sim, sobre o Logan (bem claro já pelo título), durante todo o filme ele sente o peso
da violência que sofreu, infligiu e de suas ações no passado, hoje ele não se
considera um herói, se dedicando a responsabilidade de ajudar um amigo que
passa por dificuldades, é muito bom ver essa 'briga' interna dele, sempre colocando a pessoa (Logan) à frente do herói (Wolverine). O tom simplista com foco na história e relações entre os personagens é tudo que o personagem merece e talvez uma das maiores homenagens as histórias dos quadrinhos, não vemos o Wolverine lutando contra um vilão prestes a destruir o planeta, no fim ele tem apenas que proteger pessoas que estão fazendo parte de sua vida e com quem ele cria laços.
Apesar dessa atitude de não se
reconhecer como herói, Logan é sempre levado a esse caminho (do herói), por
Charles. os roteiristas Michael Green e David James Kelly entregaram um filme simples e belo no estilo faroeste, que conta a história de um homem amargurado, que se reencontra depois de conhecer a menina X-23 e decide ajuda-la.
Falando por um lado mais técnico, a fotografia
é muito bem elaborada, o clima de road movie é bem explorado e ajudam muito a ambientar e climatizar da história, me lembrando muito Mad Max: Fury Road, as cenas de ação são cíclicas e
bem encaixadas, mas o grande trunfo é sem dúvida o roteiro e as atuações, as relações entre Logan /Xavier e Logan /X-23 são o grande destaque do filme, a maquiagem fez um ótimo trabalho na caracterização dos personagens, isso somado a atuação do Hugh que nos entrega um Logan com uma carga dramática enorme, toda violência que foi sofrida e executada por ele fica impressa na sua feição e atos.
Falando sobre os vilões do filme, eles se encaixam no que a narrativa pede, não são gigantescos e servem para atrapalhar a vida do carcaju em sua missão.
Logan é a pedra na coroa do reinado de Jackman como wolverine, após 17 anos encenando o papel, é uma bela construção do diretor James Mangold muito diferente do seu filme anterior com o personagem (Wolverine Imortal), criando uma referência para filmes baseados em quadrinhos, trazendo a essência do personagem para a tela, como falei anteriormente, ele conseguiu o mesmo que Deadpool, cada um respeitando as características de seus personagens mas levando para tela os personagens assim como são nos materiais de origem.
Nenhum comentário
Postar um comentário